Escoliose: Quais as principais causas?

A escoliose é definida pela curvatura da coluna no plano frontal. Diferente do plano sagital (perfil), que possui curvaturas normais (lordose cervical e lombar e cifose torácica), a coluna deve ser reta no plano frontal.
As escolioses podem ser estruturadas (rígidas) ou flexíveis. Normalmente, as escolioses flexíveis, não apresentam rotação associada e são compensatórias a assimetrias dos membros inferiores, ou relacionadas a contraturas musculares ou postura de defesa a alguma compressão ou lesão (antálgicas).
As escolioses estruturadas possuem três principais causas: idiopática, congênita e neuromuscular.

  • Escoliose idiopática do adolescente:

É a mais comum, acometendo principalmente jovens do sexo feminino, não possui causa única definida, admitindo-se ser multifatorial com componentes genéticos e ambientais. A presença de rotação dos corpos vertebrais com formação de giba torácica ou lombar é característica. O tratamento preconizado é observação e acompanhamento regular para curvas de até 20 graus, uso de coletes para curvas de 20 a 40 graus que ainda tiverem potencial significativo de crescimento; e tratamento cirúrgico para curvas acima de 50 graus, ou curvas muito desequilibradas que causem deformidades importantes.

  • Escoliose congênita:

Está associada a malformações intrauterinas da coluna, com falhas de formação ou segmentação que geram hemivértebras ou barras ósseas, essas são responsáveis pelo crescimento assimétrico da coluna gerando escoliose. Muitas vezes ocorre correção natural da escoliose, com o crescimento da coluna, no entanto, em alguns casos onde a deformidade progride, é necessário tratamento cirúrgico.

  • Escoliose neuromuscular:

Está associada a doenças neuromusculares como paralisia cerebral, Distrofia de Duchenne, Ataxia de Friedreich e Mielomeningocele, Poliomielite. As alterações do tônus muscular durante a formação e crescimento da coluna provocam desvio do eixo correto, provocando escolioses de alto grau, que na maioria das situações, necessitam de tratamento cirúrgico para correção da deformidade, resultando em melhora da qualidade de vida dos pacientes e seus cuidadores.

2019-05-24T18:39:52+00:00

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