O Coccix é composto por 4 ou 5 peças ósseas e corresponde ao que seria o resquício de uma “cauda” no ser humano. A dor na região do cóccix é chamada de coccigodínia e possui duas principais causas: traumática e atraumática.
A coccigodínia traumática ocorre geralmente após uma queda com trauma no local, podendo ou não estar associada a fratura; nessa região, as peças coccígeas são bem superficiais, principalmente em indivíduos com menor concentração de tecido gorduroso e muscular no local.
Após o trauma, a dor geralmente melhora com analgesia e proteção local, num período de duas semanas; podendo chegar a três meses nos casos de fraturas. Em alguns casos, a dor pode se tornar crônica, necessitando de fisioterapia, infiltrações ou até tratamento cirúrgico.
As principais causas de coccigodínia atraumática, são distúrbios posturais para sentar e hipermobilidade do cóccix. As crises podem aparecer após viagens longas, períodos em que se ficou sentado por muito tempo em acentos rígidos e desconfortáveis, ou até mesmo após algum exercício, por ser importante local de inserção da musculatura do assoalho pélvico. Indivíduos com menor concentração de tecido gorduroso e muscular no local, também estão mais predispostos a apresentar o sintoma.
Durante a gestação, por ação hormonal, os ligamentos ficam mais frouxos, permitindo maior mobilidade do cóccix, aumentando a incidência de dor local.
Por causar dor na mesma região, o Cisto Pilonidal é um dos principais diagnósticos diferenciais da coccigodínia e pode ser diagnosticado clinicamente ou com exames de imagem (ultrassom ou ressonância).
O tratamento inicial da coccigodínia se dá com medicação, fisioterapia e proteção local, sendo comum o uso de almofadas em formato de rosca. Na falha desse tratamento, a infiltração de anestésico e corticoide no local e do gânglio ímpar, responsável pela inervação da região pode resolver os sintomas.
O gânglio ímpar inerva a região do cóccix e transmite o estimulo doloroso para o tronco simpático, seu bloqueio com anestésico, associado a infiltração local com corticoide e anestésico, alivia a crise de dor no cóccix, e diminui a inflamação local, permitindo que o paciente possa sair da crise e iniciar um programa de reabilitação.
Para os casos crônicos, refratários a fisioterapia e infiltrações, indica-se a retirada cirúrgica do cóccix.
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